domingo, 7 de novembro de 2010

Anaísa Barbosa da Silva


Anaísa Barbosa da Silva
MUSEU DE ARTE CONTEMPORANEA DE ROMA



O recém-inaugurado MAXXI – Museu Nacional das Artes do Século 21 foi, na realidade, planejado no século 20. Em 1999 o Ministério da Cultura da Itália lançou um instigante desafio arquitetônico: um museu de arte contemporânea para ser construído entre as relíquias arquitetônicas da capital. Foram 273 os escritórios do mundo todo que tiveram a ousadia de responder ao chamado e 15 os finalistas, entre eles gente do calibre de Toyo Ito, Rem Koolhaas, Jean Nouvel, Kazuyo Sejima e Eduardo Souto de Moura.
O trabalho aprovado, entretanto, foi o de Zaha Hadid, arquiteta iraquiana radicada em Londres, reconhecida com o prêmio Pritzker, considerado o Nobel da arquitetura, em 2004. Segundo a crítica internacional, a escolha de uma obra tão cara e de difícil execução certamente se baseou no desejo de rejuvenescer a cidade. Não que Roma seja totalmente destituída de edifícios contemporâneos. Existem lá obras de Renzo Piano, Richard Meyer e outros. Mas nenhuma de tamanho impacto.

ANÁLISE CRÍTICA BASEADO NO CONCEITO DE CALVINO - RAPIDEZ
Essa obra foi escolhida para exemplificar o conceito rapidez de Calvino pela sua dinamicidade e complexidade.
O museu é formado por dois edifícios que se cruzam criando galerias que fluem, não há espaços compartimentados, a circulação é contínua e não existem pontos chaves, os corredores uma hora parecem não ter fim dando uma sensação de infinito, outra hora nos instiga a continuar o trajeto para saber o que vamos encontrar mais a frente. Como, segundo Calvino, existe uma relação entre velocidade física e mental, as duas estão relacionadas ao tempo, a primeira relacionada ao tempo real e a segunda ao tempo “narrativo, incomensurável”,  através da arquitetura e do espaço podemos influenciar esse tempo “narrativo” e assim influenciar a rapidez mental. Através do espaço podemos dilatar ou comprimir esse tempo  utilizando a continuidade e descontinuidade do espaço, criando um ritmo entre seus elementos  influenciamos na rapidez mental.


      
A arquiteta propõe um desafio aos expositores e organizadores desse museu pois terão que trabalhar com a flexibilidade de divisórias suspensas e a ausência de paredes, com isso cada exposição explora esse espaço de forma distinta, transformando esse espaço  real em vários outros espaços que podemos chamar de espaço vivencial. Como a rapidez mental está diretamente ligada ás experiências e percepções  do espaço, podemos proporcionar ao visitante vários sentimentos e sensações, instigando a imaginação humana.



FONTES:
-http://casaeimoveis.uol.com.br/projetos/arquitetura/com-projeto-de-zaha-hadid-museu-de-arte-e-arquitetura-traz-roma-para-o-seculo-21.jhtm
-http://www.piniweb.com.br/construcao/arquitetura/com-projeto-de-zaha-hadid-roma-inaugura-seu-primeiro-museu-175566-1.asp
-CALVINO, Ítalo. Seis Propostas Para o Próximo Milênio: Lições Americanas. 3.ed. São Paulo: Companhia das Letras, c1994.
               





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