domingo, 7 de novembro de 2010

Pavilhão da República da Coréia - Isla de França

MULTIPLICIDADE - Pavilhão da República da Coréia 

Informações técnicas:

Projetado para participar da competição de pavilhões - Expo Shanghai 2010 - o Pavilhão da República da Coréia, foi projetado em 2008 e 2009 e executado a partir de maio de 2009 a abril de 2010 por uma empresa coreana chamada Mass Studies. Localizado em Shanghai, China, na zona A, com uma área de 6000m2 e área total do piso incluindo o pilotis de 7683.5m2.

Composto por dois tipos de painéis quadriculados (pixels): Pixels Han-geul, painéis brancos com relevo de letras que formam a maioria do exterior do prédio e o Arte Pixels que são 45 cm x 45 cm painéis de alumínio criada por um artista coreano, Ik-Joong Kang. As letras utilizadas nos pixels compõe também o alfabeto coreano.


Análise Crítica:

A República da Coréia recebe constantes influências globais e está passando por um processo de importação de cultura. Por estar em um momento convergência o tema escolhido foi “a cidade”, caracterizando a diversidade do país. As 20 letras do alfabeto coreano foram usadas como inspiração para a forma do prédio. No projeto do pavilhão é possível identificar claramente a multiplicidade nesta transformação dos caracteres, vários objetos diversificados, em um único produto. Assim como cita Calvino, “o projeto se perde e os detalhes acabam crescendo de modo a tomar todo o quadro”, cada letra deixa de ser um “ser-objeto” único e passa a ser um objeto coletivo e expandido.  


Outra exemplificação da multiplicidade de Calvino é a união dos pixels formando os blocos (tijolos) do prédio. Diferentemente da situação anterior, eles não são usados como base de projeto e sim como módulos de construção e decoração do pavilhão. Novamente, vários objetos mínimos formando um objeto máximo, completo.
Cada pixel possui uma letra do alfabeto coreano formando a grande construção baseada nas letras deste mesmo alfabeto, esse processo pode ser conferido quando Calvino afirma que “ele vê o mundo como um ` sistema de sistemas`”.



Bibliografia:




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